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8 de agosto de 2011

Pior que viciar em bebida,

em comida, ou em qualquer objeto comestível ou fumante que seja, é viciar numa pessoa. É incrível, mas você vicia. E você fica louca, desconcertada, agitada e nervosa quando passa 5 minutos sem sentir o cheiro ou ouvir a voz. É uma abstinência destrutiva, destrói sua capacidade de pensar, de agir, de se concentrar em alguma coisa que não seja nos ponteiros do relógio que passam o mais devagar possível na espera da próxima onda sonora que a voz dela emite quando está chegando perto. A incansável espera de um "bom dia", a falta do "eu te amo" quando se está fazendo qualquer outra coisa que não se falando. Vontade desesperada de ouvir a respiração pelo telefone, o sinal de vida, de que está ali com você num silêncio totalmente confortável para ambos, como se estivessem um sobre o peito do outro arfando por uma briga de travesseiros que acabou em algumas poucas horas de sorrisos e afagos e olhares que se resumem agora em apenas um subir e descer de duas respirações num mesmo compasso. É bom, sabe. É realmente bom sentir quem você gosta perto, mesmo que seja na ausência.

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